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Agência Minas Gerais | LAB.mg dissemina metodologia da Linguagem Simples em roda de conversa no MPMG

O Laboratório de Inovação do Governo de Minas (LAB.mg), coordenado pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG), participou, na última sexta-feira (9/5), de uma Roda de Conversa sobre Linguagem Simples, destinada a servidores do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Na ocasião, 40 participantes puderam ampliar seus conhecimentos sobre a metodologia que busca simplificar a comunicação pública. A roda de conversa foi realizada após servidores da Assessoria de Comunicação Integrada do MPMG participarem do curso de Linguagem Simples do Programa Capacitar EaD da Seplag-MG e sentirem a necessidade de aprofundar a temática.

“Durante o debate, foram destacados casos reais que demonstram como a comunicação simples pode impactar positivamente tanto o entendimento por parte dos cidadãos quanto a eficiência interna do MPMG”, conta Grécia Borges, gestora governamental do LAB.mg, responsável pela facilitação.

Segundo a gestora, a iniciativa fortalece o compromisso institucional do Governo de Minas com a transparência e o acesso à informação. “A discussão também estimulou uma reflexão sobre os desafios enfrentados na implementação da metodologia, como a natural resistência às mudanças e o equilíbrio necessário entre simplificação e manutenção do rigor técnico em documentos jurídicos”, ressalta.

Linguagem Simples como ferramenta estratégica

A Linguagem Simples é um conjunto de boas práticas para redação e escrita, que utiliza palavras mais comuns para passar a mensagem de forma clara, inserindo, quando possível, elementos visuais para facilitar o entendimento. Ela não significa simplificação excessiva ou perda de qualidade, mas sim uma ferramenta estratégica para tornar a comunicação mais democrática e eficiente em todos os níveis da instituição.

Durante a Roda de Conversa, surgiu uma dúvida entre os participantes: como adotar pronomes inclusivos mantendo o formalismo exigido em documentos oficiais? A resposta foi: a aplicação da Linguagem Simples não segue regras absolutas, mas deve ser guiada por três pilares essenciais – o público-alvo, a utilização para promover acessibilidade e o entendimento de que linguagem simples não é linguagem informal.

Para textos institucionais, adotam-se estratégias flexíveis que equilibram inclusão e rigor técnico. Alguns exemplos são a utilização de termos neutros (“a pessoa candidata”), o uso de coletivos (“o corpo funcional”) e a voz passiva (“o documento deve ser enviado”).

“Essas soluções mostram que usar a Linguagem Simples não significa abandonar normas ou simplificar excessivamente, mas adaptar a comunicação para que ela cumpra seu papel: informar com clareza, incluir sem excluir e manter a autoridade do texto institucional. O resultado são documentos mais acessíveis, que preservam a qualidade técnica e reforçam o compromisso institucional com a transparência e a eficiência. O essencial é que, em todos os casos, a linguagem sirva à sua função primordial: fazer a mensagem chegar a todos, com respeito e precisão”, finaliza Grécia Borges.