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Polícia ouve 45 pessoas em inquérito de mutirão oftalmológico com complicações em Campina Grande

Hospital de Clínicas de Campina Grande. Reprodução/TV Paraíba

A Polícia Civil da Paraíba divulgou, nesta quarta-feira (16), que já ouviu 45 pessoas no inquérito que foi instaurado para apurar denúncias sobre um mutirão oftalmológico que causou complicações a pacientes no Hospital de Clínicas de Campina Grande, em caso que aconteceu em 15 de maio.

O mutirão oftalmológico, que foi promovido em 15 de maio por meio de uma parceria entre a Secretaria de Saúde da Paraíba (SES-PB) e a Fundação Rubens Dutra, atendeu 64 pessoas. No entanto, pelo menos 29 destes pacientes que participaram do mutirão relataram complicações após os procedimentos, sete precisaram passar por cirurgia, e alguns pacientes chegaram a relatar perda de visão.

Segundo a Polícia Civil, mais pessoas serão ouvidas e o processo de coleta dos depoimentos está enfrentando dificuldades porque alguns pacientes possuem idade avançada e moram em cidades distantes de Campina Grande.

A Polícia Civil não detalhou o que foi informado pelos envolvidos nos depoimentos.

Homem foi preso suspeito de estuprar adolescente de 16 anos, em Campina Grande – Foto: Governo da Paraíba. Gustavo Demétrio

Entenda o caso

De acordo com as denúncias, que começaram a ser veiculadas no dia 19 de maio, já no fim de semana seguinte ao mutirão, diversos pacientes procuraram atendimento em outras unidades de saúde relatando dores intensas e sinais de infecção ocular.

Segundo a SES-PB, 64 pessoas foram atendidas na ação, realizada por meio de um contrato entre a secretaria e a Fundação Rubens Dutra Segundo. Parte dos medicamentos usados no mutirão oftalmológico que aconteceu no Hospital de Clínicas estava vencida, segundo a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Ao menos 6 dos 30 frascos da medicação utilizada estavam vencidos e abertos.

A Fundação Rubens Dutra, por sua vez, nega o uso de medicamentos vencidos e afirma que, desde que tomou conhecimento da situação, iniciou um processo de busca ativa pelos pacientes que apresentaram sintomas.

O diretor do Hospital de Clínicas registrou um boletim de ocorrência após o início da repercussão do episódio. A Secretaria de Estado da Saúde da Paraíba (SES-PB) também instaurou uma investigação.