Durante entrevista à BandNews FM de João Pessoa, nesta segunda-feira, 21, o Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) criticou o que chamou de “omissão” do Governo Federal em atuar para combater as manchas de óleo que se espalham pelas praias nordestinas e afirmou que vai tratar do assunto na Tribuna do Senado nesta semana.
“Os números mais recentes constatam que já são mais de 600 toneladas de óleo que foram retiradas das praias, num grave prejuízo ambiental. Existe omissão, negligência e demora em combater o problema por parte do Governo”, afirmou o Senador.
Veneziano destacou que os governadores do Nordeste se uniram para combater as manchas, diante da ausência efetiva do Governo Federal para minimizar os efeitos sobre as costas marítimas.
O Senador paraibano ainda falou dos prejuízos para o Nordeste nesse período quente, em que milhares de pessoas dependem do turismo. “O Nordeste é um local aprazível ao turismo e, se não fosse o trabalho solidário de entidades, OGNs, a sociedade em geral, o prejuízo seria ainda maior”.
Veneziano disse que, neste, como em outros casos, ao invés de ações efetivas, atuando fortemente para minimizar os prejuízos, o Governo só se preocupa em lançar pavor na sociedade. “Já são quase 11 meses e temos visto se lançar pavor sobre as instituições acadêmicas, reduzindo suas verbas, atingindo também a Embrapa, CNPQ, Institutos Federais de Educação. Há uma intenção clara, para fragilizar tudo que é debate com a sociedade, tudo que for democratizar o debate com a sociedade”, enfatizou o Senador.
Assessoria de Imprensa
Durante Sessão Plenária nesta segunda-feira, 7, o Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) mostrou sua preocupação diante da proposta do Governo Federal em promover corte de 45% no Orçamento previsto para 2020 da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias (Embrapa), num grave prejuízo, notadamente aos Estados das regiões Norte e Nordeste, que dependem muito do trabalho científico da Embrapa.
Veneziano afirmou que os Estados, de uma maneira geral, mais especialmente os das regiões Norte e Nordeste, padecerão com esses cortes orçamentários: “Nós sabemos o quanto é importante investir naquilo que é técnico, no que é avanço científico e o Governo Federal age com insensibilidade também nessa área e vai na contramão do desenvolvimento”.
Veneziano observou que a Embrapa contribuiu diretamente para que o país alcançasse os níveis de produção que detém, além dos indicadores que lhe permitem ser competitivo e o inserir entre os maiores exportadores de commodities. Para ele, falta sensibilidade ao Governo Federal, ao não olhar atentamente para uma empresa pública de ponta, que muito contribui para o desenvolvimento econômico e social da nação.
“Temos plena compreensão do quanto a Embrapa fez, faz e poderá fazer […]. Há cerca de um mês nós ouvíamos, líamos e recebíamos — como eu tive a oportunidade, pessoalmente, de receber — técnicos, pessoas, funcionários da ativa da Embrapa a demonstrarem suas ansiedades por força da diminuição drástica — mais do que significativa, drástica — no orçamento previsto para o próximo ano”, destacou o Senador paraibano.
A Proposta – Em 2019 os recursos destinados para a Embrapa foram de R$ 3,6 bilhões. A proposta do governo federal para o ano que vem é de R$ 1,9 bilhão e está em análise no Congresso Nacional. O texto já começou a ser discutido na Comissão Mista de Orçamento, que é composta por deputados e senadores. Eles vão dar o primeiro parecer sobre a previsão de gastos do governo federal para 2020.
Neste mês, os parlamentares devem apresentar as emendas ao projeto de orçamento. A votação final está prevista para dezembro. A direção da Embrapa disse, em nota, que há quatro anos o orçamento vem caindo e, por isso, tem feito cortes nas despesas.
Cita também a redução no número de centros de pesquisas e de unidades administrativas, mas reconhece que, se o orçamento for aprovado como está, pesquisas em áreas importantes poderão ser afetadas.
A nota diz ainda que alguns projetos correm riscos, como os de agricultura de precisão e automação, biotecnologia, sanidade animal.
Assessoria de Imprensa