O deputado Wilson Santiago, do PTB, está ligando para cada colega da Câmara desde ontem à noite.
Hoje, o plenário decidirá se ele continuará ou não afastado do cargo.
Santiago foi preso no âmbito da Operação Pés de Barro. O ministro Celso de Mello, do STF, decidiu por seu afastamento, considerando os indícios cristalinos de seu envolvimento em um esquemão de corrupção.
Nas ligações, o deputado diz que “não é bem assim”.
O Antagonista
A investigação da Polícia Federal sobre o pagamento de propinas envolvendo as obras da Adutora Capivara, no sertão da Paraíba, identificou várias entregas de dinheiro em benefício do deputado federal Wilson Santiago (PTB).
Segundo a Polícia Federal, Israel Nunes, secretário parlamentar do gabinete de Santiago, recebeu uma mochila do empresário George Ramalho Barbosa com R$ 50 mil em propina na praça de alimentação do Aeroporto Internacional de Brasília.
Como registrado anteriormente, o montante foi entregue no dia 7 de novembro deste ano e o assessor o transportou até o Anexo IV da Câmara dos Deputados, onde fica o gabinete de Santiago.
Imagem 16 e 17. Após um rápido encontro com George no aeroporto de Brasília/DF, Israel pega a mochila contendo o dinheiro e a leva consigo.
Uma vez no aeroporto de Brasília/DF, George e Israel se reúnem numa mesa da praça de alimentação, e o secretário parlamentar leva consigo a mochila trazida por George contendo o dinheiro da propina que seria destinado ao deputado federal Wilson Santiago.
Imagem 20. Exato momento em que o veículo Hyundai IX35, placas: PBP-2031, entra no anexo IV da Câmara dos Deputados.
As movimentações foram acompanhadas por ações controladas da PF.
Com informações de O Antagonista
A notícia-crime que provocou a Operação Pés de Barros é de George Ramalho Barbosa, proprietário da empresa Coenco Construções Empreendimentos e Comércio.
A PF diz que a empresa foi contratada por R$ 24,8 milhões mediante prévio acerto de repasse de propinas, pela Prefeitura de Uiraúna/PB, para construção de um sistema adutor que se estenderia do município de São José do Rio do Peixe/PB ao município de Uiraúna/PB.
Os investigadores apontam que a contratação envolveu negociações espúrias entre o deputado federal Wilson Santiago (PTB/PB) e o empresário George.
O acerto previa o repasse de propinas no montante de 10% para o deputado e 5% para o prefeito de Uiraúna/PB, João Bosco Nonato Fernandes, popularmente conhecido como Dr. Bosco, conforme relato do empresário.
Com O Antagonista